segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Exercicio

1 – Observe a seguinte tabela.

1.1 – Enuncie a lei patente no quadro.
A lei patente no quadro é a lei da procura.


1.2 – Faça a representação gráfica.


1.3 – Explique um factor que pode fazer esta curva deslocar-se para a direita.

Um dos factores pode ser o aumento dos rendimentos dos consumidores.

1.4 – Se o preço aumentar explique que implicações trás para esta curva.

Quanto mais aumentar o preço a procura vai diminuindo.

Intervenção dos sindicatos no mercado de trabalho

Os sindicatos influenciam o mercado de trabalho essencialmente através da luta pelos direitos dos trabalhadores, negociando com os restantes parceiros sociais por situações mais justas.

Razões da intervenção do Estado


“O direito público é um sistema de leis criadas para um povo ou conjunto de povos que se comunicam entre si, necessitando de uma condição jurídica sob uma vontade que os una, portanto, de uma constituição que garanta os seus direitos” – Kant. Como puderam analisar em cima Estado é um conceito que abrange um território, um povo e um poder político. No entanto ao longo do nosso dia-a-dia “Estado”, apresenta-se como uma entidade ou se assim podemos chamar, um agente económico, que tem como principais funções garantir um bem-estar social ao maior número de indivíduos que pertençam a esse território. Por essa razão, cabe ao estado corrigir desigualdades, proporcionar a todos os cidadãos as mesmas oportunidades, impulsionar a economia e o mercado.

O Estado influencia o mercado de trabalho através de:
  • Fixação do salário minimo;
  • Politicas de que favorecem emprego (com isenção de segurança social no 1º emprego)
  • Investimentos em obras púplicas.

Determinantes da Procura

O próprio senso comum demonstra-nos que a quantidade procurada de determinado bem depende do seu preço. De facto, quanto maior o preço do bem, menor é a quantidade procurada desse mesmo bem. Da mesma forma, quanto menor for o preço, maior será a quantidade procurada.

Contudo, o preço não é a única determinante da procura. Na verdade são diversos os factores que contribuem para aumentar ou reduzir a procura dirigida a determinado bem, nomeadamente:
  • As preferências dos consumidores – as preferências (ou gostos) representam uma grande variedade de influências culturais, sociais, históricas; podem reflectir necessidades físicas ou psicológicas permanentes ou temporárias e podem ser influenciadas artificialmente, por exemplo através de técnicas comerciais e de marketing;
  • O rendimento médio dos consumidores – geralmente, quanto maior o rendimento dos consumidores, maior será a procura dirigida ao bem. Existem, contudo, determinado bens cujo comportamento da procura é diferente quando o rendimento aumenta: é o caso dos chamados bens inferiores cuja procura que lhe é dirigida diminui quando o rendimento dos consumidores aumenta (ex: margarina);
  • A dimensão do mercado – quanto maior o número de consumidores maior é a procura de bens. Se numa determinada economia se registar um aumento repentino da população, é natural que a procura dirigida à generalidade dos bens aumente na mesma proporção;

Os preços dos bens relacionados - existem dois tipos de relacionamento entre dois bens relacionados: ou são substitutos ou são complementares. Dois bens são substitutos quando, através do seu consumo, é possível satisfazer a mesma necessidade. São complementares quando, para satisfazer determinada necessidade, for necessário consumir os dois bens em simultâneo. É fácil assim de compreender que quando o preço de um bem substituto aumenta a procura dirigida a esse mesmo bem diminui sendo essa procura transferida para o seu substituto. Pelo contrário, se o preço de um bem complementar aumentar, a procura dirigida a esse mesmo bem diminui levando também a uma redução da procura dirigida ao bem seu complementar.

Determinantes da Oferta

O principal objectivo dos produtores quando oferecem os seus produtos é o de maximizarem os seus lucros. É portanto, natural que quanto mais elevado o preço, maior será a quantidade que os produtores querem vender. Pelo contrário, quanto mais baixo é o preço, menor a quantidade de produtos que as empresas querem vender.

Além do preço, outro importante determinante da oferta são os custos de produção. Quando os custos de produção baixam, torna-se mais lucrativo produzir mais pelo que a oferta aumenta. Os principais factores que determinam os custos de produção são os custos dos factores produtivos e a tecnologia: quanto maior for o preço das matérias-primas, da energia, dos equipamentos ou do trabalho, maior serão os custos de produção; por outro lado, quanto melhor forem as técnicas de produção e os processos tecnológicos mais eficiente será a produção e, portanto, menores serão os custos de produção.

Como determinante da oferta destacam-se ainda algumas influências específicas como sejam as condições meteorológicas que influenciam a agricultura, as pescas ou o turismo. As políticas governamentais, tais como as políticas de regulamentação ambiental a política fiscal, entre outras, que podem afectar os custos de produção e assim influenciar a oferta.

Elasticidade preço da procura


Mede a sensibilidade (grau de resposta) da procura a uma alteração do preço. Quer isto dizer que mede a relação da variação percentual das quantidades procuradas e a variação percentual dos preços.
Graficamente temos:


O procura rígida (pouco sensível, os preços variam mais que a procura)


Ed> 1 –> procura elástica (sensibilidade elevada, a procura varia mais que os preços)

Ed = 1 –> procura de elasticidade unitário (sensibilidade média)

A elasticidade

A procura de um bem varia de acordo com certas e determinadas alterações, como o preço do bem, o rendimento dos consumidores, do preço de outros bens, … Mas qual será o grau de resposta da quantidade procurada dessas variações? Para analisar a sensibilidade das quantidades procuradas relativamente ás variações das suas determinantes, usamos a elasticidade.

Assim, relativamente à procura podemos usar 3 tipos de elasticidade:
  • Elasticidade – preço da procura
  • Elasticidade – rendimento da procura
  • Elasticidade – preço cruzada da procura

Outros factores que influenciam os preços

- Os preços dos produtos agrícolas:
  • São marcados pela incerteza;
  • São instáveis (depende de condições naturais e a sua procura é rígida).

- Preço de bens e serviços de empresas públicas:

O estado tem como objectivo o serviço público, pelo que os preços são estabelecidos tendo em atenção a satisfação da colectividade e a maximização do seu bem - estar.

- Intervenção do estado nos preços:

Evita a subida de preços de bens de 1ª necessidade através de taxas de juro, politicas fiscais, subsídios...

- Preço como factor de prestígio de um bem

Marcas, obras de arte...

Formação de preços em monopólio

Em monopólio existe uma só empresa do lado da oferta Þ tem controle do mercado (poder de mercado).
O preço corresponde à estratégia do monopolista e não ao equilíbrio entre a oferta e a procura.
Mas embora a empresa esteja sozinha, tal não significa que esteja completamente livre de concorrência pois existem produtos substitutos.
Para o monopolista o dado fundamental é a curva da procura. Aqui os preços formam-se de acordo com a maximização do lucro.



O monopolista deve vender a 300 uma vez que é aqui que obtém o máximo lucro. Se vender a 400 as Qd são menores e, embora o preço seja maior, A RT será menor.

Os estados desenvolvem vários meios para combater o poder dos monopólios:

  • Legislação anti-trust;
  • Tratado de Roma (artº 85 e 86);
  • Portugal DL nº 422/83.

O mercado e a formação de preços em concorrência perfeita

Os preços formam-se no mercado através do livre jogo da oferta e da procura. Efectivamente, o mercado não funciona com a oferta e a procura em separado, ambas têm se funcionar em simultâneo.

Temos que o preço de equilíbrio é-nos dado pela intercepção das curvas da oferta e da procura, ou seja, o preço de equilíbrio é aquele onde as quantidades procuradas são exactamente iguais às quantidades oferecidas: Pe -> Qd = Qs


Acima do preço de equilíbrio a quantidade oferecida excede a quantidade procurada, pelo que há acumulação de stocks, e portanto há uma certa pressão para que os preços baixem até ao ponto de equilíbrio. Inversamente, abaixo do preço de equilíbrio, as quantidades procuradas excedem as quantidades oferecidas, havendo pressão para a subida dos preços até se encontrar o preço de equilíbrio.




A concorrência perfeita

Quando no mercado existem muitos compradores e vendedores, ou quando existem os suficientes para que nenhum tenha poder sobre a quantidade e o preço no mercado, diz-se que nos encontramos perante o mercado de Concorrência perfeita. É o caso mais extremo da concorrência e tem as seguintes características:

  • As empresas são aceitantes do preço. Isto quer dizer que as empresas têm que aceitar o preço que se determina no mercado.
  • O produto é homogéneo – tem as mesmas características.
  • Cada vendedor e comprador tem informação total sobre os preços e os produtos, de tal maneira que o consumidor conhece a todo momento a que preço se está a vender no mercado.
  • Existe liberdade de entrada e de saída de empresas na indústria não existindo entrave à entrada de novos compradores e vendedores.
  • Atomicidade de mercado – os compradores e vendedores são muitos e de pequena dimensão e não têm qualquer influencia por si só no mercado.

Os mercados competitivos


Um grupo de compradores e vendedores de um bem, serviço ou factor produtivo constituem um mercado. Cada comprador sabe que há vários vendedores entre os quais pode eleger e cada vendedor é consciente de que o seu produto é similar ao que oferecem outros vendedores. O preço e a quantidade vendida não são determinados por um único comprador ou vendedor, mas sim por todos os compradores e os vendedores quando se inter-relacionam no mercado.
Um mercado competitivo é aquele em que há muitos compradores e muitos vendedores, pelo que cada um exerce uma influência insignificante no preço de mercado.


Podemos realizar uma classificação de mercado segundo o número de participantes. Vejamos o seguinte quadro:


Determinantes da oferta


Conceito de oferta

Podemos definir oferta como as quantidades que os vendedores estão dispostos a oferecer a um determinado preço, num dado momento.


A oferta expressa o comportamento dos vendedores. Como é lógico, os consumidores consideram os preços duma óptica distinta. Enquanto que para os compradores os preços muito altos desencorajam a procura, para os vendedores esse mesmo preço elevado leva-os a produzir e a vender mais desse bem.


Factores determinantes da procura




Conceito de procura

Podemos definir procura como a capacidade e desejo de comprar determinadas quantidades dum bem a diferentes níveis de preço, num determinado período de tempo, permanecendo os restantes factores constantes.


A quantidade procurada de um bem é a quantidade que os consumidores querem e podem comprar.
Através da procura vamos examinar a conduta dos compradores, que se relacionam com os vendedores através de um mercado. Nesse mercado troca-se um produto a um preço determinado pela interacção da oferta e da procura.A procura pode ser representada por uma função matemática, tendo em atenção que esta procura representa a procura agregada (todas as procuras) e que se estabelece a lei do ceteris paribus (apenas uma das variáveis varia, a outras mantêm-se iguais). A procura depende, assim, de vários factores como o preço, o rendimento...


Existem vários mercados

  • Mercado de trabalho;
  • Mercado de bens e serviços;
  • Mercado bolsista.

O mercado


Conceito de mercado -> Podemos definir um mercado como um grupo de compradores e vendedores de um determinado bem ou serviços. Os compradores determinam conjuntamente a procura do produto e os vendedores a oferta.

A primeira imagem que nos vem à mente ao pensar num mercado é o da feira. É certo, que mercado se pode definir como o lugar físico concreto onde se vendem e compram produtos. Mas o mercado deve ser visto como algo mais amplo: é um lugar físico, uma instituição ou qualquer outro meio (uma conversa telefónica ou uma página na net, por exemplo) onde se realizam os intercâmbios entre os agentes económicos que produziram um bem e o oferecem aos agentes económicos que desejam esse bem e o procuram.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

11º Ano


Este ano esperamos dar continuidade ao nosso blog...

A nossa professora vai decidir se continuamos a construir o nosso blog...

:)

Novo ano lectivo


Ano lectivo: 2008/2009

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quais os deveres do consumidor?

Os consumidores têm diversos deveres, nomeadamente o de reclamar, sempre que julguem que têm razão. Mas há mais deveres.

Solidariedade: organizar-se enquanto consumidor, de forma a desenvolver a força e a influência necessárias para promover e proteger os seus interesses.

Consciência crítica: estar alerta e desenvolver um espírito crítico face ao preço e à qualidade dos produtos e serviços que utiliza.

Agir: fazer valer as suas opiniões e actuar para que tenha um tratamento justo. Permanecendo passivo, continuará a ser lesado.

Preocupação social: estar consciente do impacto que provoca o seu consumo sobre outros cidadãos, especialmente sobre os grupos mais desfavorecidos, a nível local, nacional e internacional.

Consciência ambiental: compreender as consequências ambientais do consumo, reconhecendo a sua responsabilidade individual e social, no sentido de preservar os recursos naturais e preservar a Terra para as gerações futuras.

Quais são os direitos do consumidor?

-> Os consumidores têm direito à qualidade dos bens e serviços consumidos, à formação e à informação, à protecção da saúde, da segurança e dos seus interesses económicos, bem como à reparação de danos;

-> A publicidade é disciplinada por lei, sendo proibidas todas as formas de publicidade oculta, indirecta ou dolosa;

->As associações de consumidores e as cooperativas de consumo têm direito, nos termos da lei, ao apoio do Estado e a ser ouvidas sobre as questões que digam respeito à defesa dos consumidores, sendo-lhes reconhecida legitimidade processual para defesa dos seus associados ou de interesses colectivos ou difusos.

Direitos e Deveres do Consumidor

A promoção dos direitos, da prosperidade e do bem-estar dos consumidores é um dos valores fundamentais da União Europeia, o que aliás se reflecte na sua legislação. A pertença à União Europeia assegura uma protecção adicional aos consumidores. Existem dez princípios básicos sobre a forma como a UE defende os interesses do consumidor, independentemente do Estado-Membro em que este se encontre:

1. Compre o que quiser, onde quiser
2. Se não funciona, devolva
3. Elevadas normas de segurança para géneros alimentícios e outros bens de consumo
4. Saiba o que come
5. Os contratos devem ser justos para os consumidores
6. Por vezes, os consumidores podem mudar de opinião
7. Facilitar a comparação de preços
8. Os consumidores não devem ser induzidos em erro
9. Protecção durante as férias 10. Vias de reparação eficazes em caso de litígios transfronteiriços

Os direitos dos consumidores encontram-se igualmente consagrados ao mais alto nível da legislação portuguesa. À luz do artigo 60º da Constituição Portuguesa,> Os consumidores têm direito à qualidade dos bens e serviços consumidos, à formação e à informação, à protecção da saúde, da segurança e dos seus interesses económicos, bem como à reparação de danos.

-> A publicidade é disciplinada por lei, sendo proibidas todas as formas de publicidade oculta, indirecta ou dolosa.

-> As associações de consumidores e as cooperativas de consumo têm direito, nos termos da lei, ao apoio do Estado e a ser ouvidas sobre as questões que digam respeito à defesa dos consumidores, sendo-lhes reconhecida legitimidade processual para defesa dos seus associados ou de interesses colectivos ou difusos.

Segundo a Lei de Defesa do Consumidor, é consumidor todo aquele a quem sejam fornecidos bens, prestados serviços ou transmitidos quaisquer direitos, destinados a uso não profissional, por pessoa que exerça com carácter profissional uma actividade económica que vise a obtenção de benefícios (Lei nº 24/96 de 31 de Julho, alterada pelo D.L. nº 67/2003 de 8 de Abril).

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Sociedade de consumo

É caracterizada pela extrema abundância de bens e serviços colocados à disposição dos consumidores e que, através de meios sofisticados de comercialização, cria nas pessoas a necessidade de efectuarem consumos compulsivos. Tem origem na expansão industrial. Enquanto na geração pré-industrial se produzia para satisfazer necessidades e como os bens eram limitados havia sempre compradores.Com a R.I. a produção passa a ser em massa e deixa de se destinar ao consumidor mas ao mercado. Com a subida do rendimento as pessoas começam a consumir cada vez mais e, com todas estas condições associadas, surge a sociedade de consumo.

Consumismo

Consumo exagerado e por vezes descontrolado de bens e serviço

Consumerismo

Acção dos grupos ou instituições que representam os interesses dos consumidores no sentido de os informar dos seus direitos, promovendo a qualidade de vida e os valores sociais, lutando contra eventuais abusos do consumismo.
Em Portugal existe uma associação que defende os consumidores que é a "DECO".

Estrutura do consumo

Traduz a forma como as famílias aplicam o seu rendimento nos diversos consumos do dia-a-dia. Para estudar a estrutura do consumo subdivide-se as despesas das famílias em categorias ou rubricas (alimentação, vestuário, habitação, diversão.). A análise da estrutura do consumo permite tirar conclusões sobre o bem-estar e o nível de vida bem como sobre quais são os produtos mais adquiridos pelas famílias --> dá informações à produção.
A influência do rendimento no consumo


Existe uma certa regularidade como as pessoas repartem as suas despesas segundo o seu rendimento. As famílias com rendimentos mais baixos gastam a maior parte, senão todo o rendimento, em bens de 1ª necessidade. Se, pelo contrário, o rendimento for alto, começa-se a adquirir bens que satisfazem necessidades secundárias (divertimento, cultura...). A percentagem de rendimento destinada a bens de 1ª necessidade é, assim, menor.


Lei de Engel


A percentagem de rendimento destinada às despesas com bens alimentares é cada vez menor à medida que o rendimento aumenta


Note-se ainda, que grande parte das vezes quando o rendimento aumenta passam-se a adquirir bens de qualidade superior (melhoramos o guarda roupa...) --> Efeito qualidade

A influência do preço no consumo

P --> baixa consumo → isto de uma forma genérica

Particularmente:

Bens substituíveis: Se A é substituto de B, então se Preço de A --> Þ Consumo B
(Exemplo de manteiga e margarina ).

A este fenómeno está associado o que se chama de efeito-substituição – se o preço de um bem aumentar significativamente as pessoas tendem a substitui-lo por outro de preço inferior .

Bens complementares: Se A é complementar de B então se o preço de B --> que consumo de A já que o consumo de B também.

Podemos ainda fazer referencia a um fenómeno conhecido por efeito-rendimento e que se traduz pelo facto de quando o preço de um bem aumenta, mas este é essencial e por isso não pode ser substituído, verificando-se uma diminuição do rendimento real das pessoas (com o mesmo rendimento têm de comprar bens mais caros).

A influência da inovação tecnológica no consumo

A inovação tecnológica por um lado diminui o preço dos bens ( --> do consumo ) e por outro aumenta a quantidade de bens disponíveis no mercado (o que também --> do consumo).

A influência de modos de vida no consumo

Este aspecto está ligado às tradições, aos aspectos sociais... Por exemplo no natal consome-se mais bacalhau em Portugal do que em qualquer outra altura do ano.

A influência da estrutura etária dos agregados familiares no consumo

Verifica-se que a idade tem influência no consumo; efectivamente as famílias mais jovens têm uma estrutura do consumo diferenciada de uma família com mais idade (p.e. gasta mais em carros, educação...).

Influência do estatuto socioprofissional da família no consumo

O meio socioprofissional influencia o consumo no sentido que as necessidades variam de acordo com a nossa profissão e o meio social onde convivemos (p.e. um professor de economia tem mais necessidade de ler a imprensa diária que um professor de matemática.)

A influência da moda e da publicidade no consumo

A moda e a publicidade têm especial influência no consumo uma vez que elas nos convidam ao consumo criando-nos necessidades que nem sabíamos que as tínhamos! Quer a moda quer a publicidade assentam na dimensão social do ser humano e alimentam inúmeras actividades na nossa actividade económica.

A influência da globalização no consumo

Como vimos anteriormente, a economia está intimamente ligada à vida social encontrando-se interligada com vários aspectos da vida em sociedade.
Esta interdependência entre económico e social é também evidente quando alargamos a análise a nível mundial. Efectivamente verificamos que o que acontece num país, mais cedo ou mais tarde, acaba por se reflectir nos outros (ex: bolsas). A este fenómeno chamamos mundialização da economia, tendo como instrumento de peso as multinacionais.
Graças a esta mundialização, os produtos que se consomem pelo mundo fora, são cada vez mais semelhantes, standaardizados... é o produto Global e nós transformamo-nos no consumidor global.

Tipos de consumo


As necessidades e motivações para o consumo são diversas e --> escolha por parte do consumidor de forma a obter a máxima satisfação de acordo com o seu rendimento e o preço dos bens.

Consumo e tipos de consumo

  • Consumo

Utilização de bens para satisfazer necessidades. Em termos económicos o consumo materializa-se no acto de aquisição. O acto de consumir --> satisfação de uma necessidade.

  • O consumidor parte integrante do sistema económico

Sem consumo a produção deixaria de ter sentido uma vez que as empresas não sobreviveriam sem compradores para os seus produtos. As famílias, enquanto agentes económicos, utilizam o seu rendimento na compra de bens e serviços que satisfaçam as suas necessidades, garantindo assim, o escoamento da produção.

O consumo das famílias tem um papel muito importante na vida económica :

- garante a continuidade do processo produtivo ao escoar os produtos necessários à satisfação das suas necessidades (consequências económicas)
- Afecta a actividade produtiva das empresas já que é o consumo que determina o que deve uma empresas produzir. Por exemplo a mudança de modas (troca de ganga por cabedal) pode levar ao encerramento de empresas (consequências económicas)
- O consumo reflecte-se na área social, por exemplo através do consumo ético escolhendo produtos amigos do ambiente ou recusando-se a consumir produtos oriundos de países onde os direitos humanos não são respeitados (consequências sociais, politicas e ambientais)

Métodos de vendas

- Venda à distância: os produtos são apresentados ao consumidor via catálogo, pela televisão (…) sendo a encomenda feita por telefone ou cupões via correio. Não há contacto directo entre vendedor e comprador.

- Venda automática: venda que utiliza equipamentos automáticos colocados em locais públicos e de grande circulação.

- Venda directa ou ao domicilio: existe o contacto directo entre comprador e vendedor, mas este contacto é feito em casa do comprador

- Cibervenda: venda através da Internet.

Tipos de comércio

Comércio independente: constituído na grande maioria por empresas familiares, de dimensões pequenas, com um nº reduzido de trabalhadores ou apenas com o próprio proprietário. Ex: lojas de roupa, mercearias…

Comércio integrado (ou organizado): comércio de grandes dimensões que integra as funções de grossista e retalhista explorando cadeias de pontos de venda.

- Os grandes armazéns: oferecem num mesmo local diversas categorias de produtos arrumadas em secções, funcionando cada uma como uma loja especializada. Ex: El Corte Inglês

- Os armazéns populares: cadeia menos sofisticada dos grandes armazéns, dirigidos a clientes com menor poder de compra. Ex: Minipreço, Lojas Dia…

- As grandes superfícies generalistas: lojas de grandes dimensões, oferecendo grande variedade de produtos. Ex: Continente, Jumbo….

- As grandes superfícies especializadas: lojas de grande dimensão dirigidas para a mesma gama de produtos. Ex: Rádio Popular, Toys`rùs…

- O Franchising: reunião de empresas que, embora se mantenham jurídica e financeiramente independentes, estão ligadas por contrato a uma empresa mãe, aplicando políticas de gestão comum. Ex. Benetton, Mcdonalds….

Comércio associado : empresas que mantêm a sua independência jurídica, associando uma ou mais actividades, de modo a obter vantagens para competir com o comércio integrado.
Ex GRULA – Grupo Lisboeta de Abastecimento Associado

Tipos de circuitos

  • Circuito ultracurto

Quando o produtor oferece directamente o seu produto ao consumidor. Não há intermediários


  • Circuito curto

Quando o nº de intermediários entre o produtor se reduz ao retalhista.

  • Circuito longo

Quando o nº de intermediários entre o produtor e o consumidor são dois ou mais.


Circuitos de distribuição

Circuitos de distribuição

O circuito de distribuição é o caminho percorrido pelo bem desde a unidade de produção até ao consumidor final.

:)

Distribuição: comércio e transportes

Só produzir não chega. É necessário que os bens sejam postos à disposição do consumidor. Surge uma actividade económica – a distribuição – que comporta o transporte e o comércio.
O comércio permite consumir bens que não são produzidos na nossa região ou país, ao mesmo tempo que garante ao produtor o escoamento dos seus produtos. Os transportes são indispensáveis para garantir a ligação entre regiões.

sábado, 17 de maio de 2008

Combinação de factores no longo prazo

Custos de produção

Custos fixos:
representam despesas que se têm de realizar independente das quantidades produzidas. Ex: rendas, salários. Juros.

Custos variáveis:
variam em função da produção. Ex: Matérias primas matérias subsidiárias.


As economias de escala

Diz-se que existem economias de escala quando a quantidade produzida aumenta e simultaneamente os custos unitários de produção diminuem. Tal situação justifica-se pelo facto de na produção de um considerável nº de bens se consiga obter poupanças significativas nos custos, fazendo com que a produção possa aumentar mais que proporcionalmente à variação dos custos. Um exemplo é o da edição de jornais --> quanto maior for a tiragem mais barato fica cada unidade de jornal.
As economias de escala podem ser provocados por vários factores --> organização dos métodos de trabalho, novas tecnologias, fusões...

Vejamos o exemplo dos jornais:



Convém salientar que nem sempre é possível economias de escala, variando muito de sector para sector de actividade económica, e por vezes até pode acontecer que a partir de determinado nível da produção se registem deseconomias de escala, isto é, os custos inerentes a um aumento da quantidade produzida agravam-se em proporção superior a esta.

Lei dos rendimentos decrescentes

Se analisarmos a história da humanidade facilmente concluímos que a produtividade do trabalho e do capital tem vindo a aumentar, uma devido às novas técnicas de organização e outra devido ao aparecimento das novas tecnologias.
Um outro indicador fundamental na análise económica e directamente relacionado com os anteriores, é a Produtividade marginal, entendendo-se esta como a quantidade adicional obtida na produção provocada por um acréscimo unitário de um factor produtivo.

O que acontece à produtividade marginal a partir do momento que se começa a utilizar 8 trabalhadores? Os acréscimos vão sendo sucessivamente menores. A este fenómeno dá-se a lei dos Rendimentos decrescentes que nos diz que a partir de certo nível da produção, a introdução de uma unidade adicional de um factor produtivo acarreta acréscimos sucessivamente menores da produção global.

Combinação dos factores no curto prazo

Para verificar e medir a eficiência dos factores produtivos, são utilizados diversos indicadores, sendo os mais usados, a chamada produtividade dos factores. A produtividade traduz-se ma quantidade do produto ou rendimento que se obtém por cada unidade de factor produtivo.
Assim, por exemplo:


Capital



domingo, 11 de maio de 2008

Taxas





Divisão Internacional do trabalho

Vantagens:
- aumenta a produção
- reduz desperdícios
- uniformiza os custos de produção
- facilita a aprendizagem do trabalhador
Desvantagens:
- Cansaço físico e psicológico devido à repetição
- Contribui para o aparecimento de certas doenças
- Anula a criatividade e o espírito de iniciativa

Problemas do desemprego

- Do rendimento das famílias
- problemas sociais e psicológicos --> álcool, drogas...
- Grandes dificuldades económicas--> necessidade de contrair dividas
- Perda de autoconfiança
- Exclusão social


O papel da formação ao longo da vida

A formação tem uma importância fundamental na economia uma vez que ela permite o combate ao desemprego, fundamentalmente o tecnológico, já que permite ao trabalhador adaptar-se as evoluções tecnológicas próprias da economia.

Terciarização da economia


Numa primeira análise representa a absorção pelos serviços da maior parte da população activa. Mas vai mais além. Significa que as actividades terciárias deixam de ser estanques, relacionando-se com outros sectores. Por exemplo o uso do computador banalizou-se a todos os sectores de actividade devido ao desenvolvimento tecnológico

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Trabalho

O trabalho é uma característica que está inerente ao ser humano. Dentro do factor trabalho, há que distinguir força de trabalho (capacidade que o homem tem para produzir bens e serviços), do trabalho propriamente dito (actividade concreta que é desempenhada pelo trabalhador durante o processo produtivo).




A população total de um país é constituída pela população activa e inactiva.


Recursos Naturais

▪ Recursos renováveis – reproduzem-se sempre (ex. energia solar)
▪ Recursos não renováveis – esgotam-se à medida que se vão explorando. (ex. petróleo)
Os recursos naturais não renováveis são assim escassos e não chegam para satisfazer todas as necessidades humanas. --> Problema da escassez.

Factores de Produção

Tudo o que se utiliza para produzir.

Produção Nacional

Produção: processo que permite a obtenção de bens e serviços necessários à sobrevivência do homem, através da actividade humana (trabalho) e dos meios de produção.

Produto Interno Bruto (PIB)– quando o produto tem por base a riqueza obtida pelas unidades institucionais situadas no seu território económico

Produto Nacional Bruto (PNB) – quando o valor tem por base a riqueza obtida pelas unidades institucionais residentes independentemente do território económico onde foi gerada essa riqueza.

Unidade institucional residente: unidades que têm uma actividade económica reconhecida no país por uma período igual ou superior a um ano.

Território económico de um país: território geográfico, zonas francas, espaço aéreo nacional, as aguas territoriais, os enclaves territoriais no estrangeiro (embaixadas, consulados, bases militares…), jazigos geológicos em águas internacionais mas explorados por unidades económicas residentes.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Sectores de Actividade

Segundo Colin ClarK podemos dividir a actividade económica em 3 sectores:

Sector primário – inclui as actividades relacionadas com a extracção de produtos do mar, do solo e subsolo, portanto, a pesca, a agricultura, a pecuária, a silvicultura e a indústria extractiva.

Sector secundário – abrange as indústrias transformadoras, a construção, produção e distribuição de gás, agua e electricidade

Sector terciário – corresponde aos serviços, o comércio, os bancos, os seguros, os transportes, a comunicação social, a educação, a defesa, a justiça, o turismo…

Os agentes económicos

Criam-se relações de interdependência. Os movimentos que se estabelecem entre os agentes económicos designam-se de fluxos.

A actividade económica

Conjunto de acções levadas a cabo pelo Homem com o intuito de obter bens e serviços que satisfaçam as suas necessidades

A actividade económica resume-se ao conjunto de actividades que designamos por produção, distribuição, repartição de rendimentos e utilização de rendimentos. Estas actividades são complementares umas das outras uma vez que são dependentes entre si. Efectivamente, não há produção se não houver consumo.




A actividade económica e os agentes económicos


segunda-feira, 10 de março de 2008

Bens e sua classificação

Necessidades e sua classificação

O principal da actividade económica é a luta contra a escassez  procura satisfazer as múltiplas necessidades com recursos escassos.

Necessidade: estado de carência ou insuficiência
As necessidades são satisfeitas com bens e variam de pessoa para pessoa de acordo com inúmeros factores (meio ambiente e social, idade...)

Características das necessidades:

• Multicidade: as necessidades são em nº ilimitado

• Saciabilidade: à medida que as necessidades são satisfeitas, elas vão desaparecendo

• Substituibilidade: a necessidade pode ser satisfeita por diversos bens alternativos

• Hierarquização: as necessidades podem ser ordenadas de acordo com a intensidade com que são sentidas

Utilidade económica

Utilidade de um bem: capacidade de um bem para satisfazer necessidades

A utilidade de um bem é subjectiva e depende da intensidade da necessidade. As necessidades são múltiplas e os recursos escassos  escolha de necessidades a satisfazer em 1º lugar, ordenando-as por ordem decrescente. É esta ordem que atribui a utilidade de um bem.

A utilidade económica é neutra já que, por exemplo, as armas, apesar de satisfazerem uma necessidade nefasta, tem utilidade económica  alguém está pronto a pagar por elas.
A utilidade económica é tanto maior quanto mais intensa for a necessidade e menor for a disponibilidade de um bem.

Ex: a utilidade económica de armas para os EUA é maior agora que atacou o Iraque.

O problema económico

O homem sente necessidades ilimitadas, porém os meios disponíveis para as satisfazer são limitados. É aqui que surge o grande problema económico: como satisfazer necessidades ilimitadas perante recursos limitados? A economia procura responder a esta questão, procurando a máxima satisfação das necessidades humanas com o mínimo sacrifício. A economia é, assim, uma ciência de escolhas que procura a gestão eficiente dos recursos escassos – Racionalidade económica.

Associado a escolha aparece-nos o conceito de custo de oportunidade que se traduz no sacrifício que somos obrigados a fazer quando temos de escolher entre duas alternativas. Assim, se tivermos que escolher entre comprar um livro e ir ao cinema, se escolhermos ir ao cinema, o custo de oportunidade aqui será o livro, porque foi o bem de que abdicamos para satisfazer a necessidade de ir ao cinema.



As pessoas ao fazerem escolhas, pretendem obter o máximo benefício, com o mínimo dispêndio de recursos  racionalidade económica

Fenómenos económicos



- Produção: criação de bens
- Distribuição: transferência de bens do produtor para o consumidor
- Consumo: utilização dos bens
- Repartição: partilha dos resultados da produção

A interligação da economia às outras ciências sociais

A economia estuda a realidade social que é objecto de estudo das outras ciências sociais. O que as distingue é a forma como cada uma delas interroga a realidade e como constroem o seu objecto científico específico.
Mas porque há divisão? Por uma de análise e de estudo mais especializado (a informação é demasiado vasta).

Embora a economia seja um campo de saber autónomo, como vimos anteriormente, a economia necessita de recorrer a informações de outras ciências para complementar as suas explicações e por vezes para obter informações para as suas conclusões.

Por exemplo, o desenvolvimento de uma região não pode ser só estudado pela economia, pois o contributo de outras ciências vai proporcionar um acréscimo de informação e explicações, com vista a uma melhor compreensão e avaliação dessa realidade.


Presença da economia na realidade social



Ao observarmos as notícias, facilmente concluímos que a economia está presente no nosso dia a dia. Questões como o desemprego, aumentos salariais, taxas de juro, horários de trabalho, (...) são questões do domínio económico mas que todos nós já ouvimos falar. Efectivamente, a economia está presente na vida de qualquer indivíduo e não só dos economistas. Até mesmo de um aluno...
A Economia assim como as outras ciências sociais procura explicar os fenómenos sociais (que fazem parte da sociedade em que o Homem vive). A vida social é una e complexa, não podendo ser compartimentada, mas podendo ser abordada por várias perspectivas diferentes de acordo com a ciência social porque é estudada. Efectivamente, diferentes ciências sociais estudam os mesmos fenómenos sociais, utilizando diferentes métodos e técnicas. Nenhuma ciência social é totalmente autónoma e independente, visto que nenhuma é suficiente, por si só, para explicar a complexidade da realidade social. Assim, a economia é interdependente e complementa-se com as outras ciências sociais já que elas permitem completar as conclusões a que se chegou.

A economia como ciência social

Uma área para ser considerada ciência tem de ter:

- Um objecto de estudo
- Um corpo de conceitos específicos
- Um método científico


Módulo I

Vamos de seguida publicar a materia dada nas aulas de Economia do curso profissional pela professora Cristina Maia que pertence ao módulo I.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Bem Vindos!

Este Blog foi criado pelos alunos André Caciano, Lúcia Raquel, Sandra Isabel, Patricia Daniela e Tiago Filipe.
Tem como objectivo publicar a materia dada nas aulas de Economia do curso profissional pela professora Cristina Maia.